Câncer renal: saiba mais sobre ele

Câncer renal: saiba mais sobre ele

O dia 12 de março é considerado o Dia Mundial do Rim, órgão responsável pela filtragem de substâncias tóxicas do organismo. O câncer renal afeta cerca de 3% da população adulta ao redor do mundo.

Do sistema urinário, este é o segundo câncer mais frequente, sendo o carcinoma de células renais o mais comum. O órgão pode sofrer metástases oriundas de regiões como pele, mamas, bexiga e ureteres, canais que transportam a urina até a bexiga.

 

Quais são as causas do câncer de rim?

As causas deste tipo de câncer ainda não estão totalmente esclarecidas. Como todo câncer, sabe-se que o tumor tem início diante da mutação no DNA de algumas células, nesse caso, as renais. As células, então, crescem e se multiplicam de forma rápida e desordenada, formando uma massa tumoral. Quando não há tratamento adequado, esse material pode expandir e causar complicações.

 

Quais são os fatores de risco?

Existe uma relação entre o câncer renal e fatores como tabagismo, sedentarismo, histórico familiar, obesidade, hipertensão e idade avançada do paciente. Tratamentos para insuficiência renal, como diálise, Doença de von Hippel-Lindau ou carcinoma papilar renal hereditário também configuram fatores de risco.

 

Quais são os sintomas do câncer renal?

Em estágios iniciais, o câncer de rim é assintomático na maioria dos casos. Estágios mais avançados podem exibir sintomas como sangue na urina e dores persistentes nas costas, especialmente abaixo das costelas. Também pode haver dor abdominal ou nos flancos, varicocele, perda de peso, fadiga e febre intermitente.

 

Como é feito o diagnóstico do câncer de rim?

Não há um exame único que possa detectar o câncer renal, mas é possível unir a informação de diversos exames. Para isso, o paciente deve ser submetido a exames de sangue, de urina e de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Segundo a orientação médica, alguns casos podem envolver a realização de biópsia.

 

Como é o tratamento do câncer de rim?

Antigamente, a nefrectomia radical era a única opção de tratamento definitivo para o câncer renal. Ela consiste na retirada do órgão juntamente com seus revestimentos, glândulas e linfonodos. Com o avançar da ciência, tornou-se possível diagnosticar a doença de forma precoce, permitindo a nefrectomia parcial videolaparoscopica ou robótica. Nestes casos, mais simples, pode-se retirar apenas o tumor, preservando o restante do órgão.

No entanto, a nefrectomia radical ainda é a melhor escolha diante de tumores grandes e mais agressivos. Também é possível realizar a nefrectomia radical laparoscópica e até mesmo a cirurgia robótica, um método menos invasivo que requer menor tempo de internação e recuperação.

De acordo com a situação individual do paciente, o médico poderá optar por métodos como a crioterapia ou a radiofrequência. Estas alternativas provocam a destruição tumoral seja por congelamento ou por calor, respectivamente.

Estágios avançados da doença podem requerer outras formas de tratamento, como imunoterapia ou o uso de drogas inibidoras da angiogênese. Estes métodos podem ou não ser combinados com o tratamento cirúrgico. Demais tratamentos, como os quimioterápicos ou a radioterapia, não são eficientes contra este tipo de câncer, sendo contraindicados.

 

É importante ressaltar que o sucesso do tratamento está ligado ao diagnóstico precoce. Sendo assim, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura. Procure um profissional da área e receba mais orientações.